26 de maio de 2010

A história de um sonho

Quero agora contar histórias, nem tão novas nem tão antigas, apenas passadas como as vividas por outros, como as que fizeram pessoas irem em frente ou ficarem para trás, coma as que fizeram sorrir, chorar, vencer, perder. Hisórias. Quem não as viveu? Você, eu. Juntos ou individualmente, grandes ou pequenas, sempre importantes.
Quero contar a história da Chácara Pinheiros. Pensando bem, talvez não. Talvez seja a crônica de um sonho realizado, mas ainda inclompleto. Um sonho sonhado junto na esperança do começo, na perserverança do recomeço sempre. No olhar pra frente em busca de horizontes novos que jamais se esgotarão.
No começo eramos 4, que viramos 3, que sobramos 2, que multiplicamos por muitos donos. Fillhos, netos, irmãos, irmãs, cunhados, cunhadas, primos, primas, filhos e filhas destes e destas, amigos, amigos, amigas, amigas de todos. Bichos, pássaros, terra, árvores, grama, capim, água, vida. E onde há vida, há morte também para completar o ciclo da natureza. Nada demais.
Por que queriamos uma chácara? Como adquirimos este pedaço de terra encascalhada com uma nesga de barro vermelho que julgávamos de boa qualidade e nos enganamos redondamente? o que nos atraiu para fecharmos a compra do cerrado inclinado e árido que estava na nossa frente? Meia dúzia de pés de manga recemplantados? Dois pés de Simipirunga, um pé de eucalipto, um pé de jatobá, um barraco de madeira, uma mangueira de água jorrando o tempo todo, um rego d'água lá embaixão com uma bica, algumas galinhas e seu João, o caseiro descrente de tudo, que quando falávamos em plantar ele dizia que ali não dava nada?
Nada disso. Queríamos mangueiras frondosas com frutas e outras frutas variadas e doces, queriamos gramados e quem sabe um campo de futebol, queríamos um lago com peixes, uma casa boa com energia elétrica, um curral com vaquinhas dando leite e galinhas que não acabasse mais. Não me lembro se algum ficamos sem as galinhas. Mas essa é outra história.